Aí que, dia desses, resolvi pegar uns novelos que já tinham sido feitos, desfeitos, refeitos e arrisquei dar um banho de tinta. Nada muito sofisticado, que se por estas bandas não se acham reles agulhas circulares, que dirá tinta especial para lã. Fui da boa e velha tinta guarani, aquela do tubinho. E não é que deu certo?
Comecei refazendo o novelo (na verdade, dois novelos) em uma meada grande, usando o espaldar de duas cadeiras. Amarrei frouxamente em quatro lugares.

Preparei tinta azul turquesa e tingi só um pedaço da meada.

Depois, cor de vinho. No princípio deixei a lá caída mesmo (só protegendo da panela com a colher de pau e um pano), mas a lã começou a chupar a tinta. Tive que improvisar...

... com um cabide :D

No final, um pouco de verde claro (aquele amarelado do lado direito não foi tinta; deixei um pedaço da lã sem tingir, e ali misturou um pouco da cor de vinho com a verde e ficou assim).
Confesso que fiquei com medo de ter estragado tudo (a lã ficou finiiiiiiiinha, coisa que nem agulhas n.º 2 dariam conta), mas depois de uma boa enxagüada com vinagre (para fixar a cor) e dois dias secando no varal...

... saiu essa meada linda, fofinha e com o fio de volta à espessura normal.

Resultado: um par de luvinhas sem dedos. Ótimas para blogar nas madrugadas frias que
Eu queria fazer as luvas com minhas agulhas novas, mas não dá. Desse tamanho, só com as agulhas de duas pontas. Pra não perder a 'viagem', fiz com as agulhas retas mesmo, mas como me sobrou o suficiente para fazer outro par, dessa vez vou atrás dos roletes de madeira balsa pra fazer um jogo pra mim.
Adorei a brincadeira. Pena que esse tipo de tingimento só funciona com fios naturais, como lã e algodão, mas quem sabe daqui a pouco aparecem por aqui aquelas fantásticas lãs uruguaias e argentinas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário